me vejo cada vez mais pra dentro, talvez esse seja o modo de sair. entrar até o fundo.
eduardo galeano já dizia: "o corpo é uma festa". o meu é preso em movimentos calculados. dança até o final da festa, mas de dia ele só grita mudo. no meu jardim hoje choveu demais. as flores estão um pouco mortas.
talvez seja pra voltarem mais bonitas, mas essa parte da morte é sempre muito triste.
escrevo cartas e elas parecem um pouco mais reais. me sinto um pouco mais perto. acho estou sempre perto, de não sei o quê. mas o longe é a minha casa.
e o meu medo.
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Um comentário:
acho que somos de uma espécia de autistas, os funcionais...quem convive com a gente até não percebe o quanto estamos constantemente perdidas numa fantasia interna
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