2 de set. de 2009
Me vejo de fora agora aqui, no trabalho, ouvindo melodias lindas do maestro Duprat enquanto as pessoas olham para as suas teletelas. É como se às vezes eu pudesse sair de mim e me olhar de fora e isso nem sempre é bom. Porque aí quem é que sente? Se olha, não sente tanto. Menos ainda quando é fora de si. A gente sente melhor no escuro, sem luz ou de olhos fechados. Fechar os olhos é ficar no escuro de si mesmo? Fechar os olhos é introspecção. É por isso que quando procuramos algo acabamos sempre fechando os olhos. Seja por chorar, seja por dormir. Porque procurar é sempre sinônimo de agonia. E, quando acordamos, vivemos segundos mais plenos porque um novo dia é sempre uma sorte. Seja pelo sonho ou pelo sol. A gente sempre encontra e procura mais, procura de novo porque a gente vive de procurar. De agonias, de plenitude, de olhos fechados e de sol.
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