Amar magoa. É como se
oferecer para ser esfolada, e sabendo que a qualquer momento a outra
pessoa pode simplesmente ir embora levando a sua pele. [...]
O moderno deslocamento
da sensibilidade decorre do fato de que ainda experimentamos o espaço
perceptivamente, mas não acreditamos mais que a nossa percepção –
nossa experiência – seja verdadeira. [...]
Para escrever, é
preciso permitir-se ser a pessoa que você não quer ser (entre todas
as pessoas que você é). [...]
Quero ser capaz de
ficar sozinha, achar isso revitalizante – e não apenas uma espera. [...]
O olhar é uma arma.
Tenho medo (vergonha?) de usar minhas armas. [...]
O olhar – mais íntimo
(envolvente) do que o abraço sexual, porque nele não há espaço
para distanciamento; o gesto é compacto demais. [...]
Dos diários de Susan Sontag.
Um comentário:
ai, Susan.
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